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Sensibilidade dentária: entenda as causas e descubra as soluções

  • trefigliorochaodon
  • 28 de ago.
  • 4 min de leitura


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Você já sentiu aquele desconforto agudo nos dentes ao tomar um sorvete, beber água gelada ou até ao degustar um café bem quente? Essa sensação, que pode durar alguns segundos, mas ser bastante intensa, é chamada de sensibilidade dentária. Embora seja muito comum, ela não deve ser encarada como algo normal ou inevitável. A sensibilidade é sempre um sinal de que algo está acontecendo na sua boca e, por isso, merece atenção.


O que é a sensibilidade dentária?


Os dentes são formados por diferentes camadas. A mais externa, o esmalte, é uma das estruturas mais resistentes do corpo humano. Abaixo dele está a dentina, um tecido que contém milhares de pequenos túbulos microscópicos que se conectam ao nervo do dente. Normalmente, a dentina está protegida pelo esmalte e também pela gengiva.


Quando essa proteção é perdida, os túbulos dentinários ficam expostos. Isso permite que estímulos externos, como frio, calor, pressão ou até alimentos doces e ácidos, atinjam diretamente o nervo do dente, gerando aquela dor aguda e incômoda característica da sensibilidade.


Quais são as causas da sensibilidade?


A sensibilidade dentária pode aparecer por diferentes razões. Uma das mais comuns é a retração gengival, quando a gengiva se afasta da coroa dentária e deixa parte da raiz exposta. Como a raiz não possui esmalte, qualquer contato pode causar dor.


Outra causa frequente é o desgaste do esmalte, que pode ocorrer de forma gradual devido a escovação muito forte ou com escovas inadequadas. O uso de pastas muito abrasivas também acelera esse desgaste. Além disso, o bruxismo (o hábito de ranger ou apertar os dentes, muitas vezes durante o sono) pode provocar microfraturas e fissuras, facilitando a exposição da dentina.


A alimentação também desempenha um papel importante. O consumo excessivo de refrigerantes, sucos cítricos, vinhos e outros alimentos ácidos contribui para a chamada erosão ácida, um processo de desgaste lento que enfraquece o esmalte e aumenta a sensibilidade.


Podemos também citar o refluxo gastroesofágico que pode causar erosão no esmalte tornando os dentes sensíveis.


Por fim, alguns procedimentos odontológicos, como o clareamento dental, podem causar sensibilidade temporária. Nesse caso, o incômodo costuma durar poucos dias e desaparece espontaneamente, sem grandes preocupações.


Como tratar a sensibilidade dentária?


O tratamento depende sempre da causa. Não existe uma solução única que sirva para todos os casos, e é por isso que a avaliação de um cirurgião-dentista é fundamental.


Nos casos mais simples, pode-se iniciar com o uso de cremes dentais específicos para sensibilidade, que ajudam a bloquear os túbulos dentinários, reduzindo a transmissão dos estímulos. O flúor, aplicado em consultório ou em produtos de uso domiciliar, também é um aliado importante, pois fortalece o esmalte e auxilia na redução da sensibilidade.


Quando há áreas de dentina exposta mais extensas, o dentista pode optar por resinas ou selantes, que recobrem a superfície vulnerável e oferecem proteção mecânica. Nos casos em que o bruxismo é o vilão, o uso de placas miorrelaxantes durante o sono é indicado para evitar desgaste adicional.


Já quando a sensibilidade está associada à retração gengival significativa, pode ser necessário um tratamento periodontal para controlar a inflamação, e em situações mais avançadas até mesmo uma cirurgia de recobrimento gengival pode ser considerada.


Por que não devemos ignorar a sensibilidade?


Muitas pessoas convivem com a sensibilidade por anos, acreditando que se trata de algo normal. No entanto, além de comprometer a qualidade de vida, ela pode ser um sinal de alerta para problemas mais sérios, como cáries, trincas, restaurações infiltradas ou doenças gengivais. Quanto antes a causa é identificada, mais simples e eficaz é o tratamento.


Como prevenir a sensibilidade dentária?


A prevenção começa com cuidados diários simples. Usar escova de cerdas macias, escovar os dentes com movimentos suaves e evitar o uso de pastas abrasivas faz toda a diferença. Controlar o consumo de alimentos ácidos, não exagerar na força da escovação e visitar regularmente o dentista também são atitudes essenciais para manter o esmalte e a gengiva saudáveis.


Perguntas frequentes sobre sensibilidade dentária:


1. Sensibilidade dentária tem cura?

Na maioria dos casos, sim. Com o tratamento adequado e mudanças nos hábitos, é possível eliminar ou controlar completamente a sensibilidade.


2. Creme dental para sensibilidade realmente funciona?

Sim. Eles contêm substâncias que ajudam a “tampar” os canais da dentina ou a reduzir a transmissão da dor. Mas é importante usar o creme dental adequado e de forma contínua e sob orientação do dentista.


3. Clareamento dental sempre causa sensibilidade?

Nem sempre. Alguns pacientes sentem sensibilidade temporária, mas ela tende a desaparecer em poucos dias. Há técnicas e produtos que reduzem bastante esse efeito.


4. Posso escovar os dentes normalmente mesmo com sensibilidade?

Sim. A escovação deve continuar, mas de forma suave e com escova de cerdas macias. Interromper a higiene só piora a situação.


5. A sensibilidade pode ser sinal de cárie?

Pode sim. Embora existam muitas causas para a sensibilidade, cáries iniciais também podem provocar dor. Por isso, a avaliação do dentista é fundamental.


Conclusão


A sensibilidade dentária pode parecer apenas um detalhe, mas é capaz de causar grande desconforto e afetar até os pequenos prazeres do dia a dia, como beber um copo de água gelada ou aproveitar um café quentinho. Felizmente, existem diversos tratamentos eficazes que permitem recuperar o conforto e proteger a saúde bucal.


Na Trefiglio Rocha Odontologia, acreditamos que cada sorriso merece atenção individualizada. Por isso, investigamos a fundo a causa da sensibilidade em cada paciente, oferecendo soluções personalizadas e baseadas em evidência científica.


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Escrito por

Eliana Trefiglio Rocha

CRO SP: 37.807

 
 
 

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